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segunda-feira, 18 de abril de 2011

TILLANDSIAS – NUTRIÇÃO QUÍMICA

Por: Rômulo Cavalcanti Braga

Embora elas possam se ajustar à vida em habitats pobres, na natureza são fornecidos todas as substâncias nutritivas de que necessitam para crescer e se reproduzir. É isso que pode faltar quando as plantas são retiradas de seus habitats de origem. A fim de compensar esta falta de nutrientes é necessário recorrer aos fertilizantes químicos. Os mais adequados são compostos de Nitrogênio, Fósforo e Potássio (N–P–K), essenciais para um desenvolvimento saudável das folhas e uma boa floração. É aconselhável ter cuidado com o percentual de nitrogênio usado nas Tillandsias, uma vez que enquanto uma concentração excessiva de fósforo ou de potássio, não é um problema grave, azoto em excesso pode causar o amarelecimento e alongamento anormal das folhas. A composição ideal deve conter os três elementos em partes iguais, ou seja 20–20–20. A dosagem a ser utilizada é de um grama dissolvido por litro de água. As planta devem ser pulverizadas com a mistura duas vezes por mês. O nitrogênio (N) promove o crescimento da planta. Uma fonte de nitrogênio insuficiente impede o crescimento das folhas que ficam amarelas, duras, densas e de cor clara. Se o consumo de nitrogênio é excessivo, as folhas tornam-se anormalmente longas e amarelas. O nitrogênio deve ser proveniente de amônio ou nitrato, uma vez que o nitrogênio derivado da uréia é inadequado. O fósforo (P) tem efeitos sobre a floração, desenvolvimento dos frutos e produção de sementes. A deficiência de fósforo causa a retração das folhas, que por sua vez ficam na cor púrpura azul e com o ápice reclinável. O desenvolvimento da planta é interrompido. Um excesso de fósforo não envolve maiores danos, ele só pode induzir a maturação prematura da planta. O potássio (K) promove a fotossíntese é o responsável pelo crescimento das raízes e tecidos da planta. Ele fortalece a cor das flores, avivando-as, auxilia no desenvolvimento e abertura dos botões e aumenta a resistência a pragas e doenças. A falta de potássio pode resultar em folhas moles, caindo e amarelecimento e secagem das bordas. O excesso de potássio não é prejudicial. Como infelizmente no Brasil não temos uma formulação adequada ou ideal para Bromélias e especifica para as Tillandsias, temos de importar as formulações ideais (17–08–22) ou utilizar as formulações de Orquídeas (20–20–20), sempre tendo-se o cuidado de se utilizar 1/4 da dosagem recomendada pelo fabricante, sob risco de perda do exemplar, pois diferentemente das Orquídeas as Bromélias e mais especificamente as Tillandsias, têm um poder muito grande de absorção de nutrientes. Intoxicação Por Cobre – As Bromélias e principalmente as Tillandsias, são muito suscetíveis a serem fatalmente intoxicadas pela absorção de COBRE e compostos deste em seus sistemas. O cobre é normalmente usado em tratamentos para doenças de plantas comerciais e devem ser evitado a todo custo. Até mesmo um fio desencapado de cobre que desavisadamente pode vir a ser utilizado para fixação da planta deve ser evitado. Outro lugar inesperado em que o cobre é amplamente utilizado é no tratamento de madeiras para jardim. O contato direto das folhas sobre a madeira tratada, a água pingando ou a escorrer sobre a madeira e caindo sobre as Bromélias irão envenená-las.

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