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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

MONTAGEM CÊNICA DE TILLADSIAS

Por: Rômulo Cavalcanti Braga
Estética envolvente e as Tillandsias – também conhecidas por Airplants, são cultivadas e consumidas na Europa, Austrália, Estados Unidos e Japão por sua versatilidade na decoração, que vão desde o minimalismo japonês à decoração do Ocidente. Exóticas e elegantes, podem ser aplicadas em arranjos de flores e plantas, eventos, jardins de interiores, no paisagismo, presentes finos para casamentos, esculturas, guirlandas de Natal, composições artísticas, etc. As inúmeras possibilidade de utilização que são proporcionadas pelas Tillandsias por não necessitarem de substrato para sobreviver e por serem epífitas, permitem que ao artista infinitas possibilidade de criação e composições artísticas. As Tillandsias podem ser montadas em vidros, dispostas em tocos, troncos, bandejas de cerâmica, estruturas de metal, como móbiles pendurados, na composição de bonsais miniaturas, mini jardins ornamentais, cartas de parede, em fim dando-se asas a imaginação, pode-se realizar todo tipo de fantasias e o céu é o limite. Além de se manter sempre bela, seu cultivo é extremamente fácil, pois são plantas do ar, e são perfeitamente adaptadas para suportar variações de temperaturas internas e externas. Necessitam ser regadas três vezes por semana com auxilio de um pulverizador e estarem próximas a uma fonte de luz. Melhore o Seu Estilo de Decoração e Arranjos – Na escolha de um suporte para montagem, além de buscar um que seja agradável aos olhos, este deve ser grande o suficiente para suportar o peso dos exemplares a serem afixados, e devem ter uma superfície rugosa de forma a acomodar as raízes e o crescimento das plantas. Os métodos de fixação de Tillandsias variam, mas a base técnica é a mais comumente usada. Recomenda-se uma combinação de arame, linha de pesca e cola. Em primeiro lugar deve-se marcar previamente o local onde se quer colocar a planta. Faça uma marca sobre a peça a ser utilizada como suporte. Os fios devem ser previamente passados nos orifícios que foram feitos – não se deve utilizar fios de COBRE, que são tóxicos e matam as plantas. A superfície deve receber uma camada de cola (Tilly Tacker – importada ou similar). Alerto aqui para o perigo da utilização de colas como super bonder, silicone e similares, que são altamente tóxicas e poderão matar as plantas, além de colocar em risco a saúde do aplicador. Os fios e / ou arames são então passados à volta da planta, apertando-se firmemente. O fio ou arame impede que as plantas mais pesadas venham a se soltar da cola. Plantas de pequeno porte, podem ser anexadas somente com o adesivo, usando-se fio ou um elástico apenas para mantê-los no lugar até que a cola seque. Outros métodos incluem o uso de serra copos para fazer um furo grande o suficiente para acomodar a base da planta, aninhado em cola. Este método é especialmente útil quando se utiliza pedras, como fixação, fios em pedras pode ser um desafio. O uso de musgo ou de fibras é muito comum como um recurso de disfarçar os buracos e cobrir os fios e arames, mas pode vir a retardar o enraizamento da planta, além de haver o risco de aparecimento de fungos e o apodrecimento das raízes e folhas da base por causa da umidade. Por esse motivo a água nas regas devem ser utilizadas com muita parcimônia.

JOIAS DE UM REINO (QUASE) OCULTO

– PEQUENAS NO TAMANHO, GRANDES NA BELEZA –
Por: Rômulo Cavalcanti Braga

As Tillandsias, também conhecidas mundialmente como Airplants, são majestosas jóias exóticas de um reino quase oculto na natureza. Elas estão entre os Deuses maiores das obras de arte. São os cultivares mais belos e magníficos da família das Broméliaceas, essas maravilhas não necessitam de terra para crescerem. O gênero Tillandsia foi nomeado por Carolus Linnaeus em 1738 em honra ao medico e botânico finlandês Doutor Elias Erici Tillandz (originalmente Tillander) 1640 / 1693. A Tillandsia é um gênero botânico pertencente à família Bromeliaceae, subfamília Tillsandsioideae. São plantas aéreas e a maioria habita as árvores e absorve seus nutrientes e umidade do ar. São mais de quatrocentas espécies e é o gênero que apresenta o maior numero de espécies espalhadas pelas Américas. São encontradas em desertos, bosques e montanhas. No Brasil existem cerca de quarenta espécies diferentes de Tillandsias. Descrição – Em um mundo cheio de florestas tropicais e subtropicais, todas as plantas que podem sobreviver em lugar onde nenhuma outra planta cresce tem uma grande vantagem. Sobrevivendo em um local inóspito, uma planta elimina o problema de vizinhos agressivos concorrentes de água, luz e nutrientes. Desses exemplares que funda um meio de sobrevivência, onde nenhuma outra planta consegue, as Tillandsias estão entre as mais avançadas. Na verdade, são muitas vezes chamadas de plantas do ar ou Airplants por causa de sua habilidade de sobreviver sem solo, raízes ou água. Elas sobrevivem apegadas às rochas e árvores, onde elas retiram seus nutrientes do orvalho, da água da chuva e poeira que necessitam para sobreviver. Os botânicos classificam estas sobreviventes notáveis como Bromélias epífitas. Uma epífita é qualquer planta que não vive no solo, mas sobrevive agarrada a uma outra planta. As epífitas não devem ser confundidas com parasitas no entanto, porque enquanto um parasita obtém nutrientes de seus hospedeiros, uma epífita trata seus hospedeiros como nada mais do que uma plataforma de suporte. Não prejudicam as plantas hospedeiras. Para efeito de apoio, as Tillandsias desenvolvem algumas raízes cordas que são capazes de se agarrar a quase todo tipo de superfície. Essas raízes têm a única função de fixação e não desempenham um papel na obtenção da umidade. As Bromélias desenvolveram uma forma de capitação de nutrientes através de suas folhas bastante engenhosa. Estas formam uma espécie de funil grande, onde as gotas de orvalho e chuva são canalizadas para o centro da planta. Ao fazer isso, os membros desta família que vivem em solos secos, ou copas das árvores são capazes de captar a água e direcioná-la para si antes mesmo de esta atingir o chão. O que faz as Tillandsias mais originais, porém, é a sua capacidade de sobrevivência sem um sistema radicular funcional. Toda a umidade e nutrientes exigidos pela planta são absorvidos diretamente pelas folhas, por meio das escamas minúsculas (tricomas) que cobrem a planta. As finas paredes dessas escamas permitem que a água entre nas folhas, mas a impede a sua fuga. A cor prateada das escamas também ajuda a manter a planta fresca, refletindo uma parte da luz solar que atinge a planta. Tamanho, Forma e Textura – Elas podem variar muito em tamanho (de três centímetros a cinco metros de altura), forma (enrolado, roseta, bulboso, em forma de concha, provindo, etc.) e textura (macio, peludo a dura e verde). Todas tem tendência acrescerem e se aglutinarem-se formando lindas bolas decorativas. Inflorescência – Lindas flores são outra característica destas plantas. A intensidade e a riqueza dos roxos, vermelhos, rosas, amarelos, verdes e carmim é algo para se contemplar. Flores ou inflorescências que podem durar de uma semanas a dois meses. Em algumas variedades, podem durar até um ano. Com alguns espécimes podemos encontrar grandes surpresas. Pequenas flores com menos de um centímetro de cumprimento que exalam um perfume tão intenso de notas extasiantes que podem tomar todo ambiente onde se encontram. Para os incrédulos sugiro uma pequena experiência. Coloque em uma sala um ou dois exemplares de Cacticola, Straminea ou Duratii, deixe que permaneçam ali por algum tempo no ambiente fechado, posteriormente entre e ai constatará a veracidade dos fatos. As notas adocicadas as vezes se tornam inebriantes. Não raro nas matas ao se caminhar pelas trilhas sente-se o aroma de lavanda e outras essências. São intensamente visitadas por Beija-Flores, Abelhas e pássaros frutívoros, que além de polinizá-las, se encarregam de disseminar-lhes as sementes. Reprodução I – Durante e / ou após a floração, as Tillandsias produzem em qualquer lugar onde se encontram de uma a uma dúzia de mudas ou filhotes. Estes crescem gradualmente e atingem o tamanho adulto entre um a quatro anos, enquanto a planta mãe ou matriz gradualmente morre no espaço de uma geração ou duas. Ambientação – As plantas florescem quando maduras, sob a combinação de luz, água, circulação de ar, temperatura e umidade. Estas condições são possíveis dentro de casa usando o ventilador de teto, a iluminação de uma janela com claridade sem a presença dos raios solares e uma bandeja com água ou cascata decorativa nas proximidades. Alguns borrifos em névoa proporcionados por um aspessor alguns dias na semana são sempre benéficos. Agora deve-se ter o cuidado de se verificar se não estão sendo encharcadas, pois elas podem apodrecer. É claro que manter as plantas ao ar livre é melhor e poucos cuidados são necessários. Ao colocar a planta de sol direto, como sob uma grande árvore onde os raios espreitam através das folhas é ideal para fazer a planta crescer saudável e obter florações. Uma árvore também protege as plantas da chuva ou danos causados pelo vento. Ficam muito decorativas quando penduradas em uma cerca ou muro do pátio. A aplicação de uma rega leve com uma mangueira de água em dias alternados em dias secos proporciona bastante umidade para o crescimento saudável, mas a maioria pode tolerar semanas de abandono. A melhor maneira de se saber se a planta não está recebendo bastante umidade, é quando as folhas começam a ondular ou criar um canal no cumprimento da folha. Como regra geral, os exemplares de folhas verdes e macias requerem menos sol e mais umidade e tendem a prosperar em ambientes frios, tipo: uma varanda sombreada, pátio ou uma parede de frente para o sul com um beiral de telhas que proporcionam sombra são áreas ideais. As de cor cinza de folhas mais duras preferem mais luz e menos umidade e se adaptam melhor a áreas mais quentes, com algum sol pela manhã ou mesmo filtrado pelas folhas de uma árvore é o ideal, mas deve-se observar se há marcas de queimadura, isso indica sol em excesso. De uma forma geral as Tillandsias suportam bem temperaturas que podem atingir até quarenta e cinco graus. Adubação – As Tillandsias quando fertilizadas durante os meses quentes irão reproduzir-se com muito mais força e vigor, quando combinadas com iluminação e regas freqüentes. As plantas devem ser adubadas em uma programação consistente e contínua. Um bom adubo foliar diluído em água e aplicado na forma de névoa é o ideal. Agora deve-se ter o cuidado para não se utilizar uma dosagem muito forte, pois as Tillandsias com as Bromélias em geral têm um grande poder de absorção. Então o recomendado é que se utilize ¼ da dosagem recomendada pelo fabricante, e a cada duas semanas uma dosagem um pouco mais forte na proporção da metade da dosagem recomendada pelo fabricante diluída em um litro de água. As aplicações devem ser dar com o auxilio de um aspessor, observando-se os horários de sol frio, pela manhã cedo ou à tardinha quando o sol está se pondo. As formulações podem ser as mesmas utilizadas em Orquídeas, observando-se que devem conter uma baixa concentração do elemento Cobre. Uma boa formulação recomendada é a 17-9-26 (importada) encontrada no Osmocote ou mesmo o 14-14-14 também do Osmocote. Como geralmente vem granulado, deve-se bater a dosagem em um liquidificador e coá-lo, para não entupir o aplicador. Indução de Florescimento – Um exemplar forte e saudável, pode ser artificialmente induzido a florescer. Para tanto basta colocá-lo em um saco plástico com um pedaço de maçã por um ou dois dias, durante seis ou quatorze semanas, dependendo da espécie. O gás etileno liberado pela maçã forçará a floração precoce da planta. Existe também no mercado um produto importado chamado Florel, que tem por finalidade a indução do florescimento precoce. Ele é muito utilizado por viveiristas e produtores para forçar a floração e frutificação para melhores preços fora da safra (acontece muito com o limão, manga, etc.). Eu particularmente não sou adepto desse artifício e nem o recomendo o uso, pois ele reduz a expectativa de vida das plantas e reduz a quantidade de mudas. Se ao exemplar é dado a permissão de completar seu ciclo de vida natural, as flores também tendem a durar mais tempo. Assim, recomendo muito cuidado quando se propõe a adquirir algum tipo de planta. Pois normalmente empresas e / ou pessoas inescrupulosas vendem Tillandsias em vasos fixadas por palha de arroz ou outro tipo de substrato como se o exemplar fosse terrícola. Desavisadamente, o comprador leva para casa uma “bomba de efeito retardado”, pois por falta de experiência, permite que o exemplar adquirido continue ali afixado e continua a regá-lo generosamente, essa combinação fará com que a planta apodreça e morra, levando o comprador a voltar ao estabelecimento e adquirir novo exemplar. Vejo isso acontecer muito a miúdo aqui. Mas nem todos os estabelecimentos são inescrupulosos, mas existem alguns por aí. Reprodução II – Normalmente após o florescimento vêm as mudas ou filhotes, mas alguns exemplares irão produzi-los antes de então. Os filhotes podem ser deixados ligados à planta mãe, e formarão touceiras atraentes, ou caso queira, podem ser separados e afixados em alguma outra coisa para crescerem individualmente. Se optar por separar as plantas, aguarde até que os filhotes cheguem a metade do tamanho das matrizes ou mais. Munido de uma faca afiada e esterilizada, corte no ponto de fixação ou seja na axila da planta mãe. Mantenha a ferida limpa e a cauterize com canela em pó e deixe secar por um dia ou dois. Os objetos e / ou material que forem utilizados para anexar as novas mudas devem ser ásperos ou cheios de fendas. A planta pode ser colada, presa ou amarrada com linha de pesca ou barbante. Montagem Cênicas – A montagem ou suspensão das Tillandsias é muito simples. Se a montagem é para uma exposição ou voltada para venda, poderá ser utilizada uma cola especial (importada) chamada Tilly Tacker e / ou a E-6000, que são elaboradas especialmente para montagem de Tillandsias ou Airplants. Outras formas de fixação podem ser feitas com o auxilio de linha de pesca, linha encerada ou fio de arame (sem COBRE). Os materiais a serem usados como base de fixação podem ser conchas, corais, pedras, cristais, troncos, galhos, variando de acordo com a criatividade e o gosto individual de cada pessoa. Idéias Criativas – As Tillandsias se adaptam bem a qualquer tipo de situação desde que sejam respeitados os meios de sua sobrevivência. Com isso se tornou uma planta polivalente e pode ser utilizada na montagem de arranjos em cestas de barro, potes, guirlandas de videira, galhos de árvores secas com interessantes formas retorcidas, troncos, conchas, chapéu de palha para pendurar na parede, etc. As possibilidades são infinitas e tudo vai depender apenas de um pouco de imaginação. Apenas deve-se certificar-se a planta receba correntes de ar para secá-las após as regas. Eu aqui em casa tenho vários pés de Jabuticabas, e um deles morreu. Deixei que secasse e cortei as partes mais finas da árvore. Revesti-a com Tillandsias Usneóides e apliquei algumas Fireball nas pontas. Foi um trabalho extenuante de três semanas, pois as Tillandsias, foram cuidadosamente enroladas em volta do tronco e galhos de maneira a revesti-lo totalmente, sem permitir que se veja os mesmos. A arte final compensou o sacrifício, pois o efeito visual foi muito além das expectativas.
Obs: Interessados na compra de exemplares destas variedades ou outras, favor solicitar Catálogo Fotográfico pelo e-mail: romulocbraga@uol.com.br

TILLANDSIAS – TESOUROS DO AR

Por: Rômulo Cavalcanti Braga
Airplants e/ou Tillandsias, são plantas da família Bromeliaceae. Elas pertencem a um gênero muito diverso e podem ser encontradas desde os desertos a florestas e montanhas da América Central, América do Sul, México e sul dos Estados Unidos. Nas Tillandsias a umidade e os nutrientes derivam de suas folhas, que são captadas através de pequenos filamentos de pigmentação branca, chamadas de tricomas e/ou escamas peltadas.  Os tricomas e/ou escamas peltadas têm por uma de suas finalidades, regular a quantidade de umidade e nutrientes, bem como a troca gasosa, agindo como pequenos estômatos. A bem da verdade, as Tillandsias são únicas, não só na aparência, mas por seus processos de permutas gasosas, que são diferentes das plantas normais. Os vegetais geralmente têm maior captação de dióxido de carbono durante o dia para processar a fotossíntese na presença da radiação solar. Em contraste, as Tillandsias têm diferentes fontes de absorção de dióxido de carbono do sistema, conhecido como a respiração CAM. Como esse sistema é vantajoso em relação ao sistema “padrão”, pois vivem em habitats inóspitos e/ou áridos, o ato de  abrir e fechar  os estômatos durante o dia poderia causar uma perda significativa da umidade da planta. Assim, as Tillandsias mantêm seus estômatos fechados durante o dia através dos tricomas e abrem-se durante a noite para absorver dióxido de carbono. O oxigênio produzido a partir da fotossíntese durante o dia é usado para a respiração, enquanto os estômatos permanecem fechados. Isto explica a razão pela qual as Tillandsias não devem ficar molhadas durante a noite, pois os tricomas seriam prensados contra a planta, impossibilitando os estômatos de abrirem-se para captação do dióxido de carbono e liberação de oxigênio durante a noite, causando asfixia nos exemplares. Também não devem ser encharcadas nas regas, pois o excesso de água as fará apodrecer, para tanto é recomendado que seja umidificadas com névoas leves realizadas por um aspessor.  As raízes das Tillandsias servem única e exclusivamente para fornecer ancoragem e/ou fixação, não exercendo a função de fornecedor de nutrientes e absorção de umidade. As Tillandsias podem ser divididas em dois grupos principais: as de folhas verdes e as de folhas prateadas. As de folhas verdes em geral, possuem folhas finas e habitam regiões que são bem carregadas de umidade (nevoeiro e chuva), enquanto a variedade de folhas prateadas são normalmente encontradas em regiões áridas ou semi-desérticas onde o ar é seco e a água escassa. Este grupo requer pouca água, mas abundância de luz. Exemplos de Tillandsias de folhas verdes são: Junceas, Strictas. Fillifolia e Cyanea. Enquanto nas prateadas incluem-se: Cacticolas, Magnuseanas, Tectoruns,  Selerianas, Xerográphicas, Secundas e Usneoides. As Tillandsias como as Orquídeas, só florescem uma vez, após um período que pode variar de um a três anos ou mais dependendo da espécie. Na maioria dos casos, as folhas mais íntimas assumirão uma tonalidade diferente, como vermelho, roxo ou rosa. As brácteas de flores aparecerão em hastes florais alongadas fora da roseta. A diversidade das flores podem provocar um maravilhoso deleite, é um verdadeiro espetáculo de cores e aromas que tem como propósito de atrair vários agentes polinizadores, como: Abelhas, Beija-Flores e pássaros frutívoros, para através da polinização e da produção de sementes, perpetuar as espécies, através de novas gerações de exemplares. No entanto, as Tillandsias também se multiplicam através da distribuição de deslocamentos ou brotos laterais, também chamados de “filhotes”, as plântulas que crescem no tempo em uma planta adulta e iniciam processo de floração. Os deslocamentos podem ser produzidos antes ou depois da planta-mãe ou matriz ter florescido. A flor ou o processo de floração em si pode durar por dias, semanas ou até meses, novamente dependendo da espécie. As sementes têm um tamanho diminuto e leve, geralmente são envoltas por plumas o que as faz voar ao sabor dos ventos e da avefauna que contribuem assim, direta e indiretamente para perpetuação das espécies.




ÁGUA E AR NAS TILLANDSIAS

Por: Rômulo Cavalcanti Braga
Nas Tillandsias a umidade e os nutrientes derivam de suas folhas, que são captadas através de pequenos filamentos de pigmentação branca, chamadas de tricomas e/ou escamas peltadas.  Os tricomas e/ou escamas peltadas têm por uma de suas finalidades, regular a quantidade de umidade e nutrientes, bem como a troca gasosa, agindo como pequenos estômatos. A bem da verdade, as Tillandsias são únicas, não só na aparência, mas por seus processos de permutas gasosas, que são diferentes das plantas normais. Os vegetais geralmente têm maior captação de dióxido de carbono durante o dia para processar a fotossíntese na presença da radiação solar. Em contraste, as Tillandsias têm diferentes fontes de absorção de dióxido de carbono do sistema, conhecido como a respiração CAM. Como esse sistema é vantajoso em relação ao sistema “padrão”, pois vivem em habitats inóspitos e/ou áridos, o ato de  abrir e fechar  os estômatos durante o dia poderia causar uma perda significativa da umidade da planta. Assim, as Tillandsias mantêm seus estômatos fechados durante o dia através dos tricomas e abrem-se durante a noite para absorver dióxido de carbono. O oxigênio produzido a partir da fotossíntese durante o dia é usado para a respiração, enquanto os estômatos permanecem fechados. Isto explica a razão pela qual as Tillandsias não devem ficar molhadas durante a noite, pois os tricomas seriam prensados contra a planta, impossibilitando os estômatos de abrirem-se para captação do dióxido de carbono e liberação de oxigênio durante a noite, causando asfixia nos exemplares. Também não devem ser encharcadas nas regas, pois o excesso de água as fará apodrecer, para tanto é recomendado que seja umidificadas com névoas leves realizadas por um aspessor.  As raízes das Tillandsias servem única e exclusivamente para fornecer ancoragem e/ou fixação, não exercendo a função de fornecedor de nutrientes e absorção de umidade. Quais são os dois elemento principais que derivam a uma Tillandsia podre?  Regas em excesso e falta de circulação de ar, são os dois principais fatores que contribuem para que uma Tillandsia apodreça. No entanto, mesmo sem água a Tillandsia inevitavelmente pode apodrecer devido à circulação insuficiente de ar, embora o processo de rega excessivas aumenta os efeitos do apodrecimento sobre a mesma. É cada vez mais difícil ignorar o fato de que estes são os dois aspectos cruciais do crescimento da Tillandsia. Como pode alguém ter certeza de há fluxo de ar suficiente e brisa constante para manter a Tillandsia perfeita? A regra geral será uma leve brisa que passa pelo exterior das folhas. Um fluxo constante será suficiente. O objetivo da circulação do ar ajuda na troca de gases e a conseqüente  eliminação de bactérias e vírus na Tillandsia. Sem a circulação de ar suficiente a Tillandsia sucumbirá em uma morte lenta e dolorosa. A razão pela qual a circulação de ar é tão crucial para o sucesso fundamental do crescimento da Tillandsia é que ela na natureza vive em locais altos. Assim, a condição de arejamento constante é fundamental para secagem das folhas e a troca de gases. Assim, a colocação de uma Tillandsia em locais fechados pode ser um aspecto desafiador, no entanto, um bom indicador é o mais próximo possível da área externa. Quando a Tillandsia tem circulação de ar suficiente, o processo de apodrecimento diminui em grande escala, mas o excesso de água entra em jogo. Quando a Tillandsia recebe arejamento tendem a secar um pouco mais rápido e que também é a razão pela qual necessita da água com maior freqüência. As regas noturnas é uma metodologia perigosa e arriscada no aspecto da jardinagem. Continua a ser verdade a teoria das plantas CAM, segundo a qual elas absorvem Co2 durante a noite, e regando-as à noite, se roubará do exemplar a chance de concluir o processo de CAM. Os motivos são simples: a baixa umidade seca muito rapidamente as folhas da Tillandsia, dando-lhe tempo suficiente para continuar o processo de absorção de Co2 durante a noite. O segundo fator é que a Tillandsia abre seus estômatos de acordo com a temperatura. A temperatura no horário de meio-dia, os estômatos fazem força  para manterem-se próximos, enquanto a temperatura permanece elevada. Assim, com temperatura mais baixa, melhora o processo de respiração. Tomados em conjunto, uma vez que a baixa umidade resseca a superfície das folhas da Tillandsia, a temperatura baixa rapidamente favorecem  aos estômatos a se abrirem e continuar o processo. Então, teoricamente falando, plantas CAM não gostam de água durante a noite por longos períodos. No entanto, acredito que, proporcionando-lhe a temperatura ideal e umidade baixa à noite, lhe dará ainda mais flexibilidade em termos de calendário de regas. No entanto, como a maioria das perspectivas, em termos de tempo e temperatura baixa à noite e umidade tem suas desvantagens também. Uma delas é que a Tillandsia secará mais rápido do que você poderá fornecer água a ela. Em outras palavras, se você perder água por dois ou três dias, os efeitos da desidratação serão claramente evidentes. Falando dos dois fatores, o ar e a água, ambos devem estar juntos harmonicamente, já que um depende do outro e não como um aspecto diferenciado. Por esta razão, é conclusivo que, sem circulação de ar, certamente será o fim da Tillandsia, mas sem água não há seres vivos que sobrevivam.  



BEIJA-FLOR (Trochiliformes)

  • Nome Científico: Troquilídeo
  • Nome Popular:  Beija-Flor, Colibri, Cuitelo
  • Família: Trochilidae
  • Ordem: Trochiliformes
  • Origem: Américas
  • Ciclo de Vida: Perene
  • Por: Rômulo Cavalcanti Braga

O Beija-Flor, Colibri ou Cuitelo é uma ave da ordem dos Trochiliformes, que inclui apenas a familia Trochilidae e seus cento e oito gêneros. Existem trezeentas e vinte e duas espécies conhecidas. No Brasil, alguns gêneros recebem outros nomes, como os rabos-brancos, do gênero Phaethomis ou os bicos-retos do gênero Heliomaster. No antigo sistema classificativo, a familia Trochilidae integrava a ordem Apodiformes, juntamente com os Andorinhões. Entre as características distintivas do grupo, contam-se o bico alongado, a alimentação à base de néctar, oito pares de costelas, quatorze a quinze vértebras cervicais, plumagem iridescente e uma língua extensível e bifurcada. Origem – O grupo é originário das Américas e ocorre desde o Alasca à Terra do Fogo. A maioria das espécies é tropical e subtropical. A maior biodiversidade do grupo encontra-se no Brasil e no Equador, que contam com cerca de metade das espécies conhecidas. Os Troquilídeos estão ausentes no Velho Mundo, onde o seu nucho ecológico é preenchido pela família Nectariniidae – Passeriformes. Características Físicas – Os Beija-Flores são os menores pássaros do mundo. Aves de pequeno porte, que medem em média seis a doze centímetros de comprimento e pesam de dois a seis gramas. O minúsculo corpo do Beija-Flor apresenta aspectos bastantes originais. O desenho peculiar de suas asas, aliado aos poderosos músculos que as movimentam, fazem dele um dos mais exímios voadores. Em pleno ar, o beija-flor executa verdadeiros malabarismos, impossíveis a qualquer outro pássaro. As penas do Beija-Flor brilham como diamantes e, com seus movimentos rápidos, parecem mudar de cor a cada momento. Seu bico mais se assemelha a uma espada fina e comprida, e sua língua é ainda duas vezes mais longa. Cada uma dessas características faz do beija-flor um pássaro muito original. Suas asas se movimentam em todas as direções. Isso porque seus ossos são diferentes dos que compõem as asas das outras aves. Estas têm ossos longos, enquanto que as asas do Beija-Flor têm ossos curtos e flexíveis.O esqueleto do Beija-Flor parece um delicado brinquedo feito de palitos de fósforo, mas tem uma estrutura surpreendentemente forte. O osso maior é o do peito, que sustenta os poderosos músculos que impulsionam o vôo. Mais de um terço do peso de um beija-flor corresponde aos músculos peitorais, o maior conjunto de músculos que o pássaro possui e que é responsável pela força de seu esplêndido vôo. Para retirar o néctar do interior das flores, o Beija-Flor usa seu longo bico e sua língua, cuja extremidade é dividida em duas partes recobertas de minúsculos pêlos. O menor deles é o Beija-Flor-Abelha, encontrado em Cuba. Mede cerca de cinco centimetros de comprimento, sendo a metade deste tamanho correpondente ao bico e à cauda, e pesam em média seis gramas. Existem também Beija-Flores maiores, embora sejam exceção. O Beija-Flor-Gigante, que vive na América do Sul, chega a medir vinte centímetros de comprimento. Lenda Indígena – Conta uma lenda indigena, que durante uma festa de primavera, organizada para todos os pássaros, os travessos Beija-Flores devoraram às escondidas todas as iguarias mais doces do banquete, não sobrando nada para os outros convidados . Como foram pegos em flagante, receberam o seguinte castigo: teriam de repor, continuamente, um a um dos doces furtados. Desde então eles vivem voando apressados e incessantemente em busca do néctar das flores. Castigo ou não, o fato é que essa busca desesperada oferece a nós, humanos, um verdadeiro espetáculo natural. Não há quem não se renda à beleza e graciosidade dessas pequenas criaturas! Evoluções Cênicas – Ágeis e irrequietos em suas lindas e variaveis cores, encantam a todos aqueles que observam as admiráveis coreografias que eles desenham no ar. Voando sem parar, em todas as direções, estão sempre à procura do nectar de que se alimentam e para obtê-lo introduzem seu bico longo e fino em cada flor que encontram. A velocidade e a agilidade no vôo são, sem dúvida, suas características mais marcantes. Como pequeninos mísseis alados, cortam o ar em manobras radicais inesperadas e parecem nada temer. Suas asas invisíveis, de tão rápidas, permitem grandes façanhas, até mesmo enfrentar pássaros cem vezes maiores. Por esse motivo são considerados campeões de vôo e serviram de inspiração para criação do helicóptero. Suas plumagens coloridas e brilhantes dão a impressão de mudar de tonalidade a cada instante, originando a grande variedade de denominações que recebem. Alguns exemplares são comparados a pedras preciosas, como rubi, safira e esmeralda; outros têm nomes de contos de fadas; há ainda aqueles que lembram corpos celetes, cometas e raios de sol. Bailarinos do Ar – Agitados, independentes e espertos, esses graciosos bichinhos se aclimatam a qualquer temperatura ou tipo de vegetação. E em todo o mundo, seja qual for sua espécie, o Beija-Flor é admirado como pássaro mais delicado e encantador. A iridescência das penas se revela e impressiona. É como se a pequena ave tivesse luz própria, um brilho que esbanja beleza. Com os Beija-Flores, a natureza prova que tamanho não é documento. No mundo das aves, eles são os menores. Por outro lado, são também os mais rápidos, capazes de proezas que nenhuma outra ave consegue. Mestres dos vôos, pairam no ar, rodopiam e fazem curvas, voando de marcha-ré. Como bailarinos do ar, parecem não ter limites e desafiam a gravidade com manobras radicais e ousadas. Alimentação –Embora sejam muito pequenos, eles gastam uma grande quantidade de energia porque estão sempre em movimento: suas asas, por exemplo, são as mais rápidas, com cerca de setenta batidas por segundo. Para repor essas forças, eles estão sempre sugando as flores. O alimento em tal quantidade deve ser digerido rapidamente, por isso sua dieta consiste sobretudo de glicose, que logo é transformado em energia. Esse combustível é encontrado nas várias espécies de flores. As proteínas necessárias para fortalecer seus músculos são fornecidas pelos insetos que os beija-flores apanham. Assim, o total de alimentos que eles consomem é muito grande em relação a seu peso e tamanho. Basta lembrar que, se um homem de oitenta quilos gastasse energia na mesma proporção, por exemplo, do Beija-Flor-de-Pescoço-Vermelho (Archilocus Colubris), teria de ingerir diariamente cerca de cento e cinqüenta quilos de batata. Para saciar seu grande apetite, algumas espécies de beija-flores visitam por dia cerca de mil e quinhentas flores. Embora a principal fonte de alimento desses pássaros sejam as flores, eles não dispensam o açúcar encontrado nas frutas suculentas. Enquanto o Beija-Flor está ocupado em obter o néctar, ele carrega o pólen de uma flor para outra, ajudando no processo de fecundação das flores. Assim eles mantém uma simbiose com as plantas. Cotidiano – Tem uma vida muito agitada.  Apesar do seu tamanho, ele costuma gastar num só dia mais energia do que qualquer outro animal de sangue quente. Grande parte do dia ele passa procurando flores para sugar seu néctar. Mas o Beija-Flor também gasta seu tempo em outras atividades, como tomar banho, por exemplo. Chapinhando em alguma fonte ou corrente d'água, sempre encontra maneiras variadas e criativas de tomar seu banho diário. Muitos independentes, eles costumam comer, banhar-se ou descansar sempre sozinhos. Juntos, passam a maior parte do tempo brigando ou perseguindo um ao outro, a não ser na época de acasalamento. Seu namoro é breve e com bonitos torneios de vôo. As Fêmeas – Têm muito trabalho porque não contam com a ajuda dos machos. São elas que constroem os ninhos, chocam os ovos e protegem os filhotes. Apesar de minúsculos, os ninhos são muito bonitos. E, por incrível que pareça, esse pequeno e frágil abrigo resiste ao vento, às chuvas e ao crescimento dos filhotes. Na verdade, os Beija-Flores são hábeis construtores -- além de interessantes, seus ninhos são muito confortáveis. E para sorte das fêmeas, os filhotes crescem muito rápido. Nascem menores que uma mamangaba, mas, deixam o ninho poucas semanas depois. Depois de construir o ninho com grama, folhas, flores, pétalas e musgo, ele fixa isso tudo com o fio viscoso da teia de aranha, deixando o abrigo bastante firme. Geralmente, os Beija-Flores botam apenas dois ovos. Seus ninhos não comportam mais, e a fêmea não consegue alimentar mais que dois filhotes. Ao nascer, o Beija-Flor não tem penas nem enxerga. A mãe alimenta os filhotes colocando em sua garganta o bico cheio de néctar. Na maioria das vezes, os filhotes abrem os olhos com três a quatro  dias. Então, já observam ansiosos a mãe, que chega para alimentá-los. No início, a fêmea protege seus filhotes com as asas, mantendo-os bem aquecidos. Mas como são incrivelmente resistentes, depois da primeira semana já estão prontos para se aquecer sozinhos no ninho aconchegante. Com duas semanas de idade, a maioria dos Beija-Flores já tem os olhos brilhantes e atentos, e o corpo coberto de penas. Às vezes, se levantam no ninho e batem as asas –  exercícios importantes para desenvolver os músculos. Com três ou quatro semanas, os pequenos já estão prontos para deixar o ninho e começa a dominar o vôo com rapidez e facilidade. Mas ainda tem dificuldade para se alimentar sozinho: nesta fase de treinamento, coloca o bico em objetos coloridos julgando serem flores. Os Troquilídeos e as Bromélias – Onde há Bromélias lá estão eles.  É fato conhecido e comprovado por ambientalistas que os principais polinizadores naturais das Bromélias são Beija-Flores, Abelhas, Borboletas,  Morcegos e outros insetos. Mas são realmente os Beija-Flores que desempenham o papel principal em uma média de oitenta e cinco por cento dos casos de polinização natural no Brasil. Em contrapartida as Bromélias representam mais de cinqüenta por cento das flores utilizadas como recurso alimentar por essas aves (Muito embora não se possa negar a participação ativa dos Morcegos, Borboletas e Abelhas como polinizadores de Bromélias). As suas presenças são mais maciças nas Alcântara Imperialis (há quinze variedades da espécie), pois essa espécie, além de poder acumular em média dois litros de água em seus tanques, devido ao seus portes avantajados, geram uma maior quantidade de flores e conseqüentemente uma abundância maior de néctar. Futuro – O futuro dos Beija-Flores e de outros animais da nossa fauna estão ligados à preservação da flora terrestre, sobretudo das árvores e arbustos que têm florescência abundante. Facilmente adaptáveis a qualquer ambiente, os beija-flores, na verdade, não exigem muito para sobreviver: constroem seus ninhos em todo tipo de árvore e podem encontrar alimento nas flores em geral, encontradas em diversos lugares, como jardins, hortas e parques. Além disso, não temem as pessoas e vivem nas cidades sem dificuldade. Mesmo assim, o crescimento acelerado da população e a destruição de muitas espécies de plantas nativas podem constituir um grave problema para esses pássaros: muitas vezes começam a faltar-lhes locais apropriados para construir seus ninhos ou onde possam encontrar alimento adequado. É praticamente impossível acreditar que alguém seja capaz de perseguir ou matar Beija-Flores. Muitos, no entanto, fazem isso sem perceber, ao derrubar matas ou eliminar famílias inteiras de plantas e flores. Tendo mais consciência da necessidade de maior equilíbrio entre a vida das plantas, dos animais e dos homens, pode-se evitar muitos danos à natureza, da qual dependemos e fazemos parte. Ao se preservar as centenas de espécies de Beija-Flores conhecidas, estaremos, no mínimo, assegurando uma vida mais colorida e alegre, e nosso mundo será melhor e mais bonito. Conservação – Duas espécies de Beija-Flores extinguiram-se no passado recente; Esmeralda-de-Brace (Chlorostilbon Bracei) e Esmeralda-de-Gould (Chlorostilbon Elegans). Das trezentas e vinte e duas espécies conhecidas, a IUCN, lista nove como em perigo crítico de extinção, onze como em perigo e outras nove como vulneráveis. A maiores ameaças à preservação do grupo são a destruição, degradação e fragmentação de seus habitats. Atraindo Beija-Flores – O sentido do olfato não é muito desenvolvido nos Beija-Flores; a visão, no entanto, é muito apurada. Além de poderem identificar cores, eles são alguns dos poucos vertebrados capazes de detectar cores no espectro ultravioleta. A alimentação deles é baseada em néctar e artrópodes, em particular moscas, aranhas e formigas. Aproveitando a grande necessidade que eles têm de um alimento energético de rápida utilização, como o néctar, que contém carboidratos em concentração variável em torno de quinze a vinte e cinco por cento, é possível atraí-los para fontes artificiais de soluções açucaradas, os chamados “bebedouros” para Beija-Flores. Trata-se de recipientes com corolas artificiais onde é colocada uma solução açucarada cuja concentração recomendada é de vinte por cento. Há também disponível nas lojas de Pet Shop, soluções prontas para serem utilizadas. É muito importante se observar a higiene diária dos bebedouros, que devem ser lavados e ter suas soluções trocadas religiosamente, evitando-se assim a fermentação e a conseqüente  contaminação pelo  fungo Candida Albicans, que causa uma grave infecção no bico dos Beija-Flores. Manter o jardim  cheio de flores também é um recurso natural viável,  porque facilmente esses minúsculos pássaros se aproximam dos locais floridos, sem temer a presença de estranhos: voam sobre a cabeça das pessoas e às vezes pairam no ar como se as estivessem observando. Parecem mesmo gostar de exibir sua agilidade e beleza.
Plantas Que Atraem Beija-Flores:
Ø - Ave do Paraiso (Strelitza Reginae)
Ø - Brinco de Princesa (Fuchsia Hybrida)
Ø - Bromélias (em especial as Alcantareas Imperialis)
Ø - Camarão Amarelo (Pachystachys Lutea)
Ø - Crista de Galo (Erythrina Falcata)
Ø - Helicônias
Ø - Hibisco (Hibiscus Rosa Sinensis)
Ø - Lanterna Chinesa (Abution Striatum)
Ø - Madressilva (Lonicera Japonica)
Ø - Malvavisco (Malvavisco Arboreus)
Ø - Russelia (Russelia Equisetiformis)
Ø  - Sapatinho de Judia (Thumbergia Mysorensis)
Ø - Sino Amarelo (Abutilon Darwinii)
Ø - Tumbergia Azul (Thumbergia Grandiflora)
Ø - Tumbergia Azul Arbustiva (Thumgergia Erecta)