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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

POLINIZAÇÃO E REPRODUÇÃO DE TILLANDSIAS

Por: Rômulo Cavalcanti Braga

As Tillandsias podem se reproduzir de duas maneiras: através dos chamados brotos de mudas de pequeno porte, e assexuadamente através de sementes, embora esta ultima seja uma tarefa árdua, como as sementes crescem de forma extremamente lenta (se leva até oito anos para se obter uma planta madura). Não se sabe muito e nem se tem domínio de uma técnica segura sobre a polinização e hibridação de Tillandsias, por esses motivos a melhor maneira de se obter bons resultados é a experiência. Bromélias em geral e a subfamília das Tillandsioideae têm as suas polinizações e hibridações naturais feitas pelos Beija-Flores, mas também pode ser feito artificialmente com um pincel fino. Nas Tillandsias cada flor contém os órgãos reprodutores de ambos os sexos, e, aparentemente, algumas Tillandsias se auto-polinizam se ajuda externa. Para a polinização artificial das flores pode-se utilizar a mesma inflorescência ou planta, mas não se deve fazer em todas as espécies, como no caso das Tillandsias Streptophyllas. A polinização pode ocorrer entre plantas da mesma espécie ou em espécies diferentes como experiência e a conseqüente criação de novos híbridos. Nas Tillandsias as flores permanecem abertas por um tempo muito curto, cerca de dois dias, e em outras apenas duas horas, assim se encontrar duas flores de plantas diferentes abertas ao mesmo tempo pode ser uma tarefa árdua e complicada. Nesse caso, você pode tentar recolher o pólen em um pedaço de papel de seda e guardar na geladeira por várias horas. A vantagem de se utilizar um pincel fino é que você poderá mergulhá-lo na flor mais facilmente sem estragá-la, e também tem que depositar o pólen nos pistilos das flores, o que é mais complicado com um artefato mais grosso. O pincel deverá ser inserido delicadamente e girado suavemente em uma flor para prender o pólen e deverá se repetir o procedimento da mesma forma em outra flor, para se depositar o pólen, fertilizando-a. Uma vez fertilizada, a planta desenvolverá uma cápsula, que depois de meses de maturação se abrirá liberando as sementes muito diminutas, finas como fiapos brancos ou cremes, perfeitos para serem levados pelo vento. Estas devem ser recolhidas cuidadosamente e logo deitadas sobre um pedaço de papel toalha úmido que estará em cima de uma tela fina esticada no fundo de um tabuleiro ou caixa, sobre a qual deverá estar onde receberão umidade, luz e calor. Para se obter o devido sucesso no empreendimento se faz necessário que se envolva o tabuleiro com um plástico transparente o que ajudará no efeito estufa. A umidade deverá ser mantida através de brumas de névoas diárias produzidas por um aspessor – deve-se ter o cuidado de se manter úmido e não encharcado o papel. A germinação se dará no decorrer de trinta a noventa dias, dependendo da espécie. Posteriormente, quando as novas mudas estiverem crescidas, é só ir passando-as para tabuleiros maiores até chegar ao ponto de serem transportadas para as camas teladas.




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