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sábado, 31 de março de 2012

BRASÍLIA E O CERRADO QUE A ACOLHE

Por: Rômulo Cavalcanti Braga

O Cerrado é um dos caldeirões ardentes para a conservação da biodiversidade do planeta. Logo no início da criação de Brasília, nos idos de 1957, havia uma grande preocupação de como se domaria a grande concentração de alumínio na terra vermelha, que a torna acida e imprópria às culturas. Juscelino Kubitschek de Oliveira, Presidente da República na época e criador de Brasília, resolveu recorrer a colônia japonesa em São Paulo e trouxe várias famílias pioneiras para serem assentadas no projeto que ele chamou na época de Cinturão Verde de Brasília. Esses desbravadores nipônicos foram assentados na Vargem Bonita, Núcleo Bandeirante, Estrada Parque Taguatinga, Brazlândia e outras localidades estratégicas em volta da cidade que nascia. Tinham como missão a produção de hortifluti granjeiros para abastecer a cidade e assim foi feito. Posteriormente mais da metade da vegetação original de Cerrados foram se transformando em pastagens plantadas. Historicamente a região é tomada pelas queimadas (espontâneas e / ou provocadas pelo homem) na época da seca, que vai de junho a setembro. Nos anos oitenta começaram a chegar na região os migrantes da região sul, que começaram a rasgar as entranhas das terras vermelhas com o arado para dar lugar as vastas plantações de soja e outras culturas anuais. O Cerrado possui a mais rica flora dentre as savanas do mundo. Algo em torno de sete mil espécies, com alto nível de endemismo. A riqueza de espécies de aves, peixes, répteis, anfíbios e insetos é igualmente grande, muito embora a riqueza de mamíferos seja relativamente tímida. As taxas de desmatamento no Cerrado que existe em torno de Brasília é muito alta e apenas algumas pequenas áreas se encontram legalmente protegidas seja pela iniciativa privada e / ou governamental. Diversas espécies animais e vegetais estão ameaçadas de extinção e presume-se que vinte por cento das espécies ameaçadas ou endêmicas não ocorram nas áreas legalmente protegidas. As principais ameaças à biodiversidade do Cerrado são as queimadas, erosões dos solos, a degradação dos diversos tipos de vegetação presentes no bioma e a invasão biológica causada por gramíneas de origem africana. O uso do fogo para abertura de áreas virgens e também utilizado na intenção de estimular o rebrotamento das pastagens nativas também é prejudicial, muito embora o Cerrado seja um ecossistema adaptado ao fogo. Muitas espécimes vegetais, demoram muito a se recuperarem. Destacamos aqui a família das Bromeliaceas. Temos entre os vários exemplares de Bromélias do Cerrado uma bem diferente de todas outras conhecidas. Essa variedade é azul com bolinhas roxas a noite, mudando de cor pela manhã, fica rosa com amarelo, de tarde laranja com vermelho e a noite volta a ser roxa com azul. As outras variedades existentes no Cerrado do entorno de Brasília são:
- Aechmea Bromeliifolia (Rudge) Baker
- Aechmea Bromeliifolia var. Albobracteata Philcox
- Aechmea Baker var. Bromeliifolia (Rudger)
- Ananas Ananassoides (Baker) L. B. Sm.
- Billbergia Porteana Brong. ex Beer
- Bromélia Balansae Mez
- Bromélia Interior L.B.Sm.
- Dyckia Brasiliana L.B.Sm.
- Dyckia Machrisiana L.B.Sm.
- Encholirium Luxor L.B.Sm. & R.W.Read
- Pitcairnia Ulei L.B.Sm.
- Pseudananas (Hassl.)
- Pseudananas Sagenarius (Arruda) Camargo
- Tillandsia Geminiflora Brongn.
- Tillandsia Geminiflora Brongn. Var. Geminiflora
- Tillandsia Loliacea Mart. ex Schult. & Schult. f.
- Tillandsia Pohliana Mez
- Tillandsia Stricta Sol.
- Tillandsia Stricta Sol. var. Stricta
- Tillandsia Tenuifolia L.

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